Utilizando Minecraft na Educação

Utilização de um Jogo Digital para Despertar o Pensamento Computacional e a Aprendizagem Cooperativa de Alunos do Ensino Fundamental I


Este trabalho, discorre sobre uma experiência em participar de um projeto de extensão, no Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara (CESIT), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio da Pró Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX), o que pode se aprender executando atividades com outras classes, seja do ensino médio ou fundamental. Devo admitir que é uma grande satisfação poder participar desta experiência, poder conhecer novos pensamentos, é um tanto satisfatório para o universitário ter esse feedback com alunos que até então eram desconhecidos, mas que acrescentaram um imenso valor em nossa carreira, trata-se não somente de conhecer novas ideias e conhecimentos, mais de uma infinidade de valores agregados a esta etapa vivida.

O projeto em que participo, onde há utilização de um jogo virtual em que tem como meta a ser atingida é trabalhar em equipe de forma intuitiva e que os participantes possam usufruir do seu próprio conhecimento, pondo e pratica suas ideias, propondo melhorias e garantindo a satisfação de todos os envolvidos com as tarefas propostas, de maneira em que os mesmos possam modificar de acordo com a necessidade de cada um.

Neste projeto tive várias experiências já vividas na universidade, como discursões para propor novas ideias, elaboração de atividades, planejamento de trabalho, isso com os participantes, desta maneira pode-se haver um feedback com os alunos, havendo trocas de ideias e experiências, pois muitos já tinha bastante habilidade no software utilizado, isso fez com que  pudesse haver a troca de experiência entre aluno e universitário, que no momento estava atuando como professor, porém aprendendo com os integrantes.

O bom aprendizado se dar pelo bom relacionamento entre professor e aluno, a segurança de poder contar com alguém neste momento é fundamental, e a escola esteve sempre conosco, foram bastante acolhedores ao nos receber, e sempre estiveram dispostos a colaborar, a princípio a escola nos recebeu muito bem, e ainda esperam continuarmos a execução das atividades na referida escola.

 Nossa relação durante as atividades foi bastante harmoniosa, no começo houve sim uma pequena mudança para que pudéssemos continuar as ações, e os participantes sempre bem-dispostos a colaborar e facilitar para que as atividades fossem executadas com sucesso, porem com um ritmo lento, e foi trabalhando nessas situações que tivemos melhorias, neste ponto é preciso ser bastante atencioso quando se trabalha com crianças.

As atividades eram sempre bem trabalhadas e distribuídas entre dois horários, o antes da refeição que era apenas elaboração do que seria as atividades e depois das refeições era o momento de executar as atividades propostas no ambiente virtual. Essa metodologia se deu pelo fato de não cansar os participantes de estarem somente com os aparelhos em mãos, como cada integrante possuía um tablete para realizar as atividades em grupos dentro do ambiente virtual, era de extrema importância organizar e avaliar cada detalhe a ser feito dentro do jogo.

 

Nesses 7 meses de projeto as ações dentro de sala de aula ocorreram da seguinte forma.

Etapa 1. Contato dos alunos com o software.

Onde a intenção era mostrar e observar o quanto os integrantes conheciam do software proposto, para alguns era o primeiro contato, já para outros o minecraft era um jogo bastante conhecido.

Etapa 2. Estimular e ensinar os demais integrantes a ganharem habilidades sobre o software.

Neste momento, cada participante estava livre para usufruir do jogo, conhecer as ferramentas existentes. Os demais que nunca tinham tido contato com o software foram quem ganharam mais atenção, pois era preciso que todos tivessem habilidades de dominar o jogo. E não demorou muito para que todos os integrantes estivessem prontos para se aprofundar no projeto.

Etapa 3.  Apresentação de como seria a realização das tarefas propostas.

Nesta etapa os integrantes por sua vez tomaram conhecimento de como seria nosso planejamento e execução das atividades, já de início seria primeiro os rascunhos desenhados nos papeis para saber como iriam construir dentro do ambiente virtual.

Etapa 4. Utilização da lousa para rascunhos.

Desenhando na lousa todos podiam entender com facilidade os objetivos propostos,

Como a intenção era construir uma cidade no minicrafth de forma colaborativa e propondo sempre um desafio entro os grupos, para que essa competitividade estimulassem a criação de novas ideias.

 

O início deste projeto nos mostrou o quanta responsabilidade era necessária, buscar material para ser utilizado e um público com bastante interesse. Logo buscando meios e fins conseguimos então firmar com a Escola Municipal Mendonça Furtado, nos dirigimos até a escola algumas vezes para apresentar o projeto até que foi bastante aceito.

Meu primeiro contato com a direção da instituição e pais dos integrantes foi para tratar dos procedimentos do projeto e explicar um pouco aos pais dos alunos participantes, aproveitando a reunião. Já disponibilizamos os documentos (Termo de consentimento livre e esclarecido e a relação dos alunos que iriam participar do projeto) para que pudessem assinar, sendo os mesmos, os responsáveis pelos participantes.


Foram procedimentos comuns e de suma importância para o bom funcionamento desta fase do projeto de extensão, logo após todos essas atividades serem executadas, direcionamos para organizar o primeiro encontro com os participantes em sala de aula, material já estava preparado e pronto para o primeiro dia.

Enfim iniciamos o primeiro encontro em sala de aula com os participantes do projeto minecraft, foi uma manhã bastante produtiva, para nossa surpresa alguns alunos já eram bem mais conhecedores do jogo, entendem o que se pede e tem bastante habilidade e criatividade.

Explicamos assuntos relacionado a temática do projeto, e também foi esclarecido algumas dúvidas, em seguida distribuímos os aparelhos para cada um, auxiliamos alguns na questão de entrar no jogo e algumas configurações básicas como o nome e criação do mundo antes de começarem a jogar, Nossos primeiros momentos foram apenas instruções referente à o que iriam construir dentro do jogo, primeiramente desenhamos a atividade proposta no quadro, em seguida fizemos novamente o mesmo desenho, passo a passo junto com eles, parte por parte para que todos compreendessem e concluíssem juntos.

Durante o desenvolvimento dos integrantes houve troca de ideais assuntos referente ao jogo que muitas vezes ambos não sabiam e assim tornando um ambiente prazeroso de se trabalhar, não demorou muito para que a criatividade tomasse conta, isso fez com que as atividades fossem realizadas com mais facilidade para os mesmos 

Nossas atividades de início eram, casas, hortas, escolas, restaurantes, igreja, plantas, ruas, avenidas e animais, tudo isso a ser feito com os materiais definidos pelos orientadores a equipe formada pelo coordenador do projeto, universitários bolsista e voluntários.


Esta é uma imagem de uma igreja feita no Minicrafth pelos integrantes do projeto.
Esta é uma imagem de uma igreja feita no minecraft pelos integrantes do projeto.

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Imagem de dentro de um restaurante, todo decorado com mesas e cadeiras, feita pelo trabalho em equipe dos participantes.


Esta é a imagem da parti interna de uma sala de aula, com mesas cadeiras e lousa, trabalho este feito pelos participantes.

Nesta imagem podemos notar uma horta, que também faz parte das atividades propostas para os integrantes do projeto.


Imagem de ruas, arvores flores, dando origem a uma avenida. Todo este trabalho delicado feito para que pudessem tornar real, um trabalho feito em um software, e todo este processo de construção erros e acertos deu origem a uma pequena cidade feita no ambiente virtual por alunos do ensino fundamental de uma escola pública de Itacoatiara.


 

E para concluir esta etapa do projeto fizemos uma pequena despedida com os participantes, e também responderam um pequeno questionário referente ao projeto, abordando temas como, a utilização da ferramenta minecraft, a interdisciplinaridade, os métodos de trabalho em equipe e questões sobre o pensamento computacional, após terminarem o questionário fizemos a nossa refeição da manhã como despedida.


Porém o projeto em si não se realizou apenas dentro de sala de aula com os integrantes, tivemos a oportunidade de expor este trabalho realizado neste período   no primeiro dia da semana de informática onde houveram  exposição de banners dos projetos do CESIT-UEA, e foi exposto para o público o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas-CETAM  o banner do projeto minecraft, apresentamos o trabalho que foi desenvolvido nesse período na escola, resultados já obtidos e também os métodos utilizados para com os participantes.

 

AGRADECIMENTOS

Nossos agradecimentos a Pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e aos professores e acadêmicos do curso de Licenciatura em Computação e ciência da computação do Centro de Estudos superiores de Itacoatiara (CESIT), e professores (as) da escola em que se aplicou estas atividades: professor Luiz Sérgio de Oliveira Barbosa, professor Genarde Macedo Trindade, professora Dayane Rosas,  aos acadêmicos Ruam Kaynna De Souza Silva dos Santos e Alecsander Silva Costa, professora Rosangela de Jesus Veiga e Lucia Pereira Macedo.

     

REFERÊNCIAS

Machado, J., & Junior, A. (2019, November). Utilização de jogos como ferramenta para auxiliar o desenvolvimento do Pensamento Computacional: uma revisão sistemática. In Anais do Workshop de Informática na Escola (Vol. 25, No. 1, p. 217).

Paiva, C. A., & Tori, R. (2017). Jogos Digitais no Ensino: processos cognitivos, benefícios e desafios. XVI SBGames, Curitiba, novembro, 1052-1055.

Santana, A. L. M., & Martins, P. (2017, October). Desenvolvimento e avaliação de modificação do jogo minecraft para estimular o pensamento computacional em estudantes do ensino médio. In Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação (Vol. 6, No. 1, p. 92).